29.4.19

Páscoa no Douro - Parte I

Ózanos que eu andava para fazer isto!!
Cheguei a ter marcado praí em 2015 ou coisa assim, em Outubro, mas vi que o tempo ia estar uma valente treta e então cancelei. Desde aí, a coisa foi adiando adiando...mas 2019 foi o ano!

Marquei as coisas com mais ou menos um mês de antecedência, o que, claro, já me deixou sem muita margem de escolha (planeamento malta, o planeamento vale muito a pena).

O que se arranjou:
- Primeira noite no Porto, aqui. Fica mesmo em frente à entrada dos Jardins do Palácio de Cristal
- 2ª, 3ª e 4ª noite aqui. Se estivéssemos mais perto da Régua não era pior, mas ali também não ficámos mal.
- Cruzeiro no Douro, marcado aqui
- Visita às Caves, marcado aqui.
- Bilhete para Palácio da Bolsa e Caves, em conjunto - comprei no Palácio

Ora então, na 5f lá no trabalho tivemos tolerância de ponto o que deu para ir logo de abalada para o Porto de tarde. Chegámos ao alojamento ao final da tarde e ainda deu para ir visitar os Jardins do Palácio de Cristal com luz do dia.
Vou algumas vezes ao Porto em trabalho, mas nunca dá para ver coisa nenhuma. Vou num pé, venho noutro, em locais que não interessam grande coisa e por isso a parte de passear e aproveitar o Porto tinha de ser ponto assente nestas férias.
Não conhecia os jardins e são bem giros, com alguns ponto com vistaça sobre a cidade.
Daqui seguimos para procurar jantar. Não me crucifiquem, mas tive de aproveitar uma coisita. É que descobri que existe um Boa Bao no Porto, que é restaurante que não se consegue comer em Lisboa (não fazem marcações e tem filas chatas e eu não gosto de esperar nestas coisas) e por isso, fomos até lá. Também esperei um bocadito, mas valeu a pena porque realmente aquela comida asiática vale oiro!! Tinha a promessa que a francesinha ficaria para o dia seguinte.
Depois da janta andámos a passear pela noite portuense, parámos para beber um copo perto das Galerias de Paris e depois a brigada do reumático recolheu-se aos seus aposentos para descansar.

Sexta Feira Santa e era dia de aproveitar a cidade. O Porto está lindão lindão!! De manhã apanhámos um pouco de chuva, a passear pela Rua de Santa Catarina, mas depois o tempo abriu e tivemos uma super sorte o resto destes dias.
Desta rua comercial, fomos dar ao Palácio da Bolsa. Eu não reservei nada, mas estava fisgada para ir visitar. Mega fila para comprar bilhetes, claro. Mas vimos que a coisa até andava bem e decidimos ficar. Há visitas agendadas para vários horários e cada um com a sua língua. Queríamos em português para o final da manhã, mas a meio da espera, a coisa esgotou. Fizemos contas de cabeça e decidimos que então íamos para a visita das 17h45, depois das caves.
Eu tinha feito marcação antecipada para a visita às Caves Sandeman, mas que implica depois no local comprar o bilhete. Surpresa boa, no Palácio dá para comprar ambos os bilhetes com desconto! Uepa!! Por 20€ compram-se ambas as visitas (preço máximo, porque depois ainda há descontos extra: sénior, estudante, etc).
Daqui chegámos à Ribeira. Parece que estamos noutra dimensão. O dia está lindo, o cenário é incrível. A sentir-nos meio traidores, mas sai-nos um "epá isto é mais bonito que Lisboa".
Bom, aqui começa a busca pelo restaurante para almoçar. Risquei a francesinha da equação, porque queria ir ao Capa Negra e estávamos fora do local, por isso seria para comer por ali mesmo. Claro que...tudo cheio!
Acabámos por comer no Está-se Bem, que é não é mau, mas enfim, não é bem aquela coisa de "comer bem no Porto" a que estamos agarrados. Aliás, a restauração por ali já está muito parecida com Lisboa. Tudo muito com conceito e bonito e tal, mas a perder um pouco a originalidade.
Daqui atravessámos a pé a Ponte D. Luís e chegamos a V. N. Gaia, cuja zona Ribeirinha alberga todas as caves de vinho do Porto e permite passeios a ver o Porto lindão do outro lado.
Fizémos a visita à Cave Sandeman, que dura cerca de 45minutos. Um guia, vestido de Don (o mítico personagem da marca) explica-nos os processos de fabrico do vinho do Porto e saio de lá a saber a diferença entre um Tawny e um Ruby e já agora, um vintage. As caves são bonitas, embora ache que a visita poderia explorar mais o local onde estamos e não ser tão só descritiva. No final há uma prova de vinhos. Mas sem um queijinho, uma tostinha a acompanhar, fica difícil meter dois vinhos do Porto pelo bucho. Deve ser de propósito para despachar o pessoal, mas de qualquer forma, poderia ser um momento com melhor nível de experiência.

Vamos então visitar o Palácio da Bolsa. Pelo caminho (que fazemos a pé) percebemos que o Porto está completamente congestionado e à pinha de gente. Mal se consegue circular pela Ribeira.
O Palácio da Bolsa só tem visitas guiadas. A nós calha uma guia que foi também quem nos tinha vendido os bilhetes. E não sei se ser guia não é a função dela e lhe pediram para fazer aquela perninha, se o namorado lhe deu com os patins ao almoço, se a vida não lhe corre de feição, mas meus caros...entra na categoria "pior guia do universo". Que discurso tão enjoado, desmotivado, alienado, a roçar a falta de respeito por quem esteve na fila que tempos para comprar bilhete e que no fim vê uma coisa que se via em 15 minutos não fosse ter um guia.
O Palácio é bonito, vale a visita e mesmo os pormenores que a guia dá enriquecem o tour, mas céus...ela está completamente desligada daquilo. Uma cassete teria sido mais entusiasmante.

O dia no Porto termina com a visita e daqui apanhamos o carro e seguimos para o Douro Scala, ali para os lados de Mesão Frio/Peso da Régua.





















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