4.5.17

Islândia - 2º Episódio

Eu li "não vale a pena investir mais que um dia em Reiquiavique" e eu digo "não vale a pena investir mais que duas horas".
Apontei no meu plano o que havia para ver na cidade e pensei "isto para meia manhã e tarde deve dar", por isso dormimos bem durante a manhã para recuperar forças.
Apesar de quando acordei estar céu aberto, quando saímos antes de almoço já o céu era nebulado e um radioso 1ºC congelava-me as coxas (sim, por esta altura em que escrevo isto já sei que amanhã tenho de levar collants por baixo das calças...blherc).
Partimos à descoberta da capital islândesa. Ora havia para ver uma igreja pequena Domkirkjan uma igreja grande Hallgrimskirkja, a Ópera, a rua principal Laugavegur e o porto.
Tenho a dizer que é o tipo de cidade em que se dá 3 passos e chega-se a cada uma destas coisas e ao fim de 8 passos já demos 3 voltas à cidade. E o que é aquela "rua principal"????
Esta cidade não vibra. É silenciosa, tranquila, monótona.
Com o frio que estava e falta de atractividade nem nos deu para tirar fotos. Lá tirámos à igreja  Hallgrimskirkja mas só porque parecia mal não fazê-lo.
Como entrámos em lojas para passar o tempo e aquecer um bocado deu logo para perceber que não íamos comprar coisa nenhuma nesta terra. Os preços são exorbitantes. Para além de que o comércio baseia-se em casacos/parkas para o tempo frio, camisolas de lã com padrões nórdicos e lojas de souvenirs.
Achámos que era uma boa ideia ir para casa dormir uma sesta e voltar a sair para jantar. Anoitece por volta das 21h00 o que deu para passear antes de jantar e procurar restaurante sem andar às escuras. E até existem muitas opções de restaurantes, mas de novo, a preços proibitivos.
Acabámos no Hard Rock Café, também caro, mas ao menos com alguma segurança do que podíamos contar.
Fomos atendidos pela "I'm Alexandra and I'll be your waitress" e enquanto perguntávamos um ao outro se queríamos o burguer bem ou mal passado ela desarma com um "ahhh são portugueses, falemos português então". E é isto, estamos em tódóládo!
A Alexandra tem 19 anos e está na Islândia há ano e meio mas a contar meses para ir embora. Antes de decidir em Portugal o que queria fazer da vida depois do 12º ano, veio para a Islândia com o namorado e vive numa casa de 7 portugueses, todos com o mesmo espírito e praí metade deles a trabalhar ali no Hard Rock. Ela confirma o que desconfiávamos, Requiavique é deprimente, não se passa nada, o inverno é violento e o custo de vida caríssimo.
É sempre muito fixe encontrar assim conterrâneos que conseguem acrescentar um pouquinho mais sobre este país que estamos a conhecer e a dar dicas preciosas como "esqueçam lá esta cerveja que isto não vale nada". A Alexandra e o Pedro foram uns queridos, por isso se passarem por lá em breve já sabem que vão ser bem atendidos!


A Igreja, que recria um vulcão em erupção com a lava a cair pelas arestas.


Preço de um casaco que gostámos muito mas...nunca vai acontecer :(



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