29.5.17

Islândia 11º Episódio

Em Budarladur não se passa mesmo grande coisa, mas houve uma série de factores que me fazem nutrir um carinho especial por aquele sítio. O alojamento onde ficámos era óptimo, super confortável, acolhedor e bem localizado. Os anfitriões foram amorosos e foi também o local onde conseguimos relaxar depois das várias tropelias da viagem sem tempo contado para fazer visitas. Foi onde fiz a minha primeira corrida além fronteiras e onde até consegui comer um prato de comida normal: um frango assado com arroz, yeahhh :). Tudo ali respirou a tranquilidade.
Nesta manhã já sem pressas, porque assumimos que o nosso roteiro tinha chegado ao fim - saltámos as Fiordes do Oeste e a Península de Snaefellsnes - arrumámos as malas e seguimos em direcção à capital.
Não sem antes passar no hotel onde devíamos ter ficado nessa noite a tentar perceber se conseguíamos com que não nos cobrassem a estadia. Com o recepcionista não consegui obter essa informação, mas no dia seguinte receberia um email a confirmar que tudo estava bem, free of charge.
Contudo, o coração ainda não estava totalmente sossegado.
Fiz 400 telefonemas para a Artic Sea Tours e para o hotel a tentar perceber se estava tudo encaminhado com a máquina fotográfica, quando no hotel me dizem que a ter de chegar era neste  dia, porque no dia seguinte (em que íamos embora) era lá feriado.
Ninguém na Artic Sea Tours me tinha avisado do feriado. Quando na 3f pergunto se pusessem aquilo nos CTT no próprio dia, se chegava lá na 5f, ele disse que sim. Não me disse que teria de chegar logo no dia a seguir porque 5f seria feriado.
Vocês não sabem o que é lidar com um proprietário de uma máquina fotográfica desaparecida na Islândia. Muito rebolar de olhos e muitas vibes negativas. Todas estas notícias com mais obstáculos não ajudavam.
Chegámos a Reiquiavique e eu fui a voar para o hotel onde devia receber a máquina - Canopy by Hilton (lindo de morte mas muito acima das minhas possibilidades). Conheci em pessoa o meu contacto, que inicialmente era o Benjamin mas que obviamente às tantas também desapareceu do mapa e passei a falar com uma rapariga super simpática (esqueci-me do nome) que claramente sentiu as minhas dores. Tranquilizou-me a dizer que mal a encomenda chegasse, que me avisava. Já era hora de almoço e eu estava a ficar com alguma ansiedade.
Fomos então para o nosso hotel e quando menos se esperava ela liga super entusiasmada e diz "It arrived!!". Mandei pulinhos de alegria. Tudo estava bem quando acaba bem! Hurray!!!
O resto do dia foi passado em Reiquiavique que estranhamente naquele dia nos pareceu muito mais animada. Os muitos dias passados no campo a ver quase nenhuma alma deram-nos uma outra percepção da cidade. De repente o reboliço de Reiquiavique era uma animação. Acho que também por no dia seguinte ser feriado havia mais movimento nas ruas.
Encontrámos o restaurante com a melhor relação qualidade/preço que podíamos alguma vez imaginar encontrar nesta cidade e tirámos a barriga de misérias!
Entrámos na Harpa, a ópera house da capital onde estava a decorrer um torneio internacional de Xadrez. Velhos a jogar com crianças, indianos a jogar com suecos. Uma atmosfera a brotar neurónios inteligentes por todo o lado.
Pensámos que era a noite ideal para ir sair e conhecer a movida Islandesa, mas estava muito frio e vento na rua, não sabíamos bem onde ir, por isso o passeio acabou cedo e acabámos por voltar cedo para o hotel.


Harpa & room view

 Master minds




Uma pessoa radiante por receber uma encomenda


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