12.5.14

Maldivas III

Para quem já esteve nas Caraíbas (e no meu caso já fiz Punta Cana, Cuba e Riviera Maya) é impossível não comparar Maldivas com Caraíbas.
No global as Caraíbas vencem pela relação oferta/preço. Tem-se tudo, por um preço mais baixo e mais perto.
Mas as Maldivas são outra loiça. A qualidade do destino é superior - melhor água, melhor paisagem, mais natural, mais calmo, mais paradisíaco.

Uma coisa que sempre me aconteceu nas Caraíbas: ao fim de 3 dias já não se aguenta a comida do buffet. A oferta é grande, mas enjoa. Não sei explicar porquê. E há sempre um cheiro associado à zona de restauração que ao fim de poucos dias já é insuportável. Deve ser já a contar com isso que nos deixam ir jantar a alguns dos restaurantes temáticos.
Nas Maldivas não senti isso. Nunca me enjoei da comida. Para já tem uma coisa que dá imenso jeito que é termos mesa marcada. Na primeira refeição atribuem-nos uma mesa e fica sempre a nossa "mesa". Também temos sempre o mesmo empregado. A nós calhou-nos o Ali, um fofinho de primeira! Simpático, disponível. No último dia até nos fez uma decoração da mesa especial!!
A comida tem variedade, e os pratos principais variam todos os dias; até as sobremesas são boas (nas Caraíbas nem lhes toco). Tudo bom, de qualidade e nada enjoativo.

O "tudo incluido" também é diferente. Nas Caraíbas é mesmo tudooooo incluído. Aqui dá para total usufruto do buffet, uma carta especial de bebidas no bar principal (meia dúzia de bebidas) e uns snacks durante a tarde noutro bar da ilha. Também temos acesso aos jogos (ping pong, snooker, ginásio). O que não temos é acesso aos restaurantes temáticos, a todas as bebidas dos bares e a poder comer gratuitamente em todos os bares.
O que à partida no assustou, acabou por não se confirmar: o que estava no tudo incluído chega-nos bem.

Existem algumas excursões e passeios que se podem fazer (mergulho, ilhas desertas), mas são todos tão estupidamente caros que não fizemos nada. À boa maneira tuga, como dinheiro extra apenas gastámos nas bicicletas que alugámos e na gorjeta que demos ao Ali no último dia. Nem mais um cêntimo.

Ainda andámos a namorar o SPA que era muito giro, mas por 150 dólares a massagem...deixa estar.

Este resort em particular deve ter o seu público alvo no russos e chineses. Estava minado! O Ali disse que era pouco comum ter ali portugueses e por acaso tínhamos como vizinhos um casal italiano com uma filhota pequenina, mas de resto era tudo chineses (que eram quem quebrava o silêncio das praias de vez em quando porque falam aos berros) e russos. E russas, boazudas de fazer inveja.

Apanhámos uma tarde mais nublada e outra tarde de chuva bem carregada. De resto tivemos sempre bom tempo.

Não é bem defeito, mas já agora alerto, a areia não é a coisa mais macia do mundo. Há zonas da ilha que sim, mas maioritariamente aleijam. Isto porque o fundo do mar é coral e a suposta areia não é mais que coral despedaçado. E dói um bocadinho em pé descalço. Já agora, embora havendo pedaços de coral lindos de morrer e que dá vontade de levar para casa e por na estante da sala, não é para levar. É proibido e pode mesmo dar problemas sérios no aeroporto. Por mais pequenino que seja. É tirar fotos para guardar na memória.

A paz no resort é quebrada por duas espécies de aves. Os corvos que berram estupidamente durante o dia até decidirem mudar de poiso. E uma outra ave que não consegui ver como era que funciona como galo, também aos berros de madrugada. Estes dois são o único defeito que tenho a apontar. Não fosse eu uma animal person e tinha-lhes mandado com uns valentes calhaus. :)

Mas enfim, all is all when it ends well.


A nossa mesa especialmente decorada na despedida

Chuva a potes!!

Dentro do Spa. Só passear lá dentro já é relaxante.

À porta do SPA. A fazer lembrar o header do blog :)


The End. I <3 Maldives



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