22.11.12

Paris - Jour 1

Voei pela Easyjet no final do dia 14 de Novembro e aterrei no Charles de Gaulle, cerca de meia hora antes do previsto. Cheguei a suspeitar que algum familiar do piloto estivesse por um fio tal era a pressa do senhor em chegar.
Coisas boas de uma low cost: como não me apetece pagar extra por bagagem de porão, levo na cabine e...não tenho de esperar pela bagagem para poder ir à minha vidinha. Isso e não ter aquela ansiedade permanente do "será que a minha mala chegou?".
Preferimos ir de combóio até ao hotel, e logo na estação disseram as opções possíveis. Comprei bilhete de ida e volta do combóio (cerca de 18euros) e um pack de 10 viagens de metro (12 euros) Estes bilhetes deram mesmo à conta certinhos, calhou bem :).
E aí vamos nós até à nossa zona, ali entre a Sorbonne e os jardins du Luxembourg.
O Hotel é de 4 estrelas. Os materiais e detalhes até eram bonzinhos, mas o espaço do quarto era exíguo. Como eram umas águas furtadas ainda tinha meio tecto já a bater no chão. Tudo bem.
Uma paragem rápida no Mcdonalds para matar a fome de fim de noite e fui direitinha para o vale dos lençois. (Sim esperei pela meia noite para ter direito aos parabéns :) )

15 de Novembro, acordo com o despertador às 9h e com 33 anos. Mando-me aos croissants, ao roquefort, aos sumos, leite e frutas do pequeno almoço e sigo caminho. Passo pelo meu bairro - Sorbonne e ainda procuro o Socrates, mas deve-se ter baldado às aulas nesse dia.
Primeira paragem é na catedral de Notre Dame, que é mais ou menos no final da rua :). A entrada não se paga e aproveito para ver as vistas no interior. É uma catedral.
O caminho faz-se junto ao Sena e rapidamente estou na ponte Neuf e a seguir uma ponte (não sei o nome) mas que não estava à espera de encontrar: completamente carregada de cadeados "amorosos".
Descobri este conceito em Florença, mas esta ponte dá quinze a zero aos italianos. Tem tantoooos cadeados, que eu acho que aquilo um dia vai abaixo com o peso.
Dois passos e estou no Louvre. Sinceramente, a piramide é gira, mas não tem enquadramento nenhum ali no meio...não sei quem se lembrou daquilo. Tira-se a foto tipica com o dedinho no cume, e segue-se caminho para a Praça da Concórdia. A bem dizer, não há muito para ver ali, mas...tenho o primeiro vislumbre da Torre lá ao fundinho, meio esfumada no céu cinzento.
Hoje faço anos, e é hoje que quero ir ver a Torre Eiffel.
Bela ideia: vamos a pé, pois claro, que isto ainda é o primeiro dia e não há dor nos pés à vista.
Passo pelos Inválidos (que acabei de descobrir, que é lá que está sepultado o Napoleão Bonaparte) e começo à procura da Rua Cler, que li algures que era gira e com mercados. Confere. É uma rua gira cheia de bancas de fruta e flores.
Mais umas passadas e tcharaaaannn: a Torre Eiffel. Lá está ela, pesada e imponente.
Posso ser chata?
É gira, mas não me fez babar. Teve a sua piada por estar em frente a um ícone. Provavelmente o monumento mais iconográfico do mundo inteiro, mas não sei, gostei mas não foi o delirio.
Fotos, mais fotos e almoço ali nas redondezas numa padaria.
Para quem precisar saber, na padaria não havia WC, mas ali nas traseiras da Torre Eiffel há um WC público e...também não se paga. Paris está-me a sair muito em conta.
Está lá neste momento, nos Champ de Mars, uma exposição de ursos com decorações alusivas ao seu país. Procurei a portuguesa e pelo meio ainda sorri com a do Cambodja, Tailândia...ai ai. Tenho um je ne sais quoi de terceiro mundista em mim.
Ora daqui o caminho faz-se para o Arco de Triunfo. A pé, pois claro.
Fotografias ao Arco, e daqui segue-se a pé pelos Campos Elísios. Avenida grandeeeee, cheia de vida e lojas divertidas. Ressalvo os stands de automóveis que são um misto discoteca/boutique da Nespresso e ferraris estacionados que se pode alugar para conduzir - 20 minutos, 89€.
Chego ao final da Avenida assim já com os primeiro sinais de cansaço e já é de noite. Pelo caminho ficaram uma sÉrie de barraquinhas brancas, poucas já abertas mas a maioria ainda a montar o estaminé para o que penso que venha a ser uma "feira" natalicia, com tudo e mais alguma coisa de artesanato, comida, queijos, doces e tudo. Amoroso. Pelo menos pareceu que era assim que ia ficar depois de tudo montado e iluminado.
Diz que ali no final dos Campos Elisios está a Laduree, "A" loja para se comprarem macarrons. E eu procurei-a, achei-a, babei-me com a sua montra e provei os famosos macarrons. E não é que gostei?
Estava desconfiada com toda aquela sugestão de açucar, mas são de facto deliciosos!
Metro para o Hotel e dou lugar ao descanso. Estou enregelada e de rastos.
Eu tinha levado um vestidinho novo e um sapatinho bonito para o meu jantar de aniversário, tinha. Mas com o frio que estava naquela cidade e eu já com dores nos pés, não consegui. Aperalto-me noutro dia está bem?
E ainda bem que assim decidi, pois a opção para jantar recaiu sobre a zona do quartier latin (também pertissimo do hotel) e vai que aquilo é uma zona assim a mandar para o descontraido, malta jovem, estudante e montesss de restaurantes e bares.
Escolhemos o restaurante com um jardim interior, e o empregado faz lembrar um qualquer personagem do franciú bom vivant e meio louco. Cabelo meio comprido desgrenhado, camisa semi aberta e os dedos cheios de anéis com pedras coloridas. É simpático, serve-nos com cordialidade. O restaurantes não é espactacular, mas não fiquei desapontada.
Daqui segui para um bar não longe. Uma coisa underground estudantil, que para quando eu tinha 20 anos estava impecável.
Sentamos nos sofás, observamos a fauna francesa by night e concluo que não são muito diferentes de nós. Sinceramente, senti-me num bar português, com a nossa malta nova a beber copos e a passar um bom bocado com os amigos.
Arrasto-me para a cama fofinha do hotel, demasiado tarde para quem vai acordar às 9h e tem muitos km pela frente.

Pelo "meu" bairro La Sorbonne

Em Picoas...ahahahah

Notre Dame

Ponte Neuf

Ponte não sei o nome, mas gira gira

Louvre

O primeiro vislumbre da dita

Invalides

Dream Store...ai ai ai...

A dita!

Urso tuga

Campos Elisios

Campos Elisios


Dream Store II
Rua do jantar

O jantar
 



 

2 comentários:

  1. pois... se em vez de andarem a correr, parassem um bocadinho, gostavas ainda mais! por exemplo, notre dam pode não ser nada de especial como catedral, mas se subires os 400 e tal degraus até ao telhado, tens uma vista fabulosa! :)

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  2. Verdade, fui acusada de que "contigo é sempre a andar!!", mas juro que não sabia dessa escadaria :)

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