Ontem às 21h cheguei ao Hospital Júlio de Matos (actualmente chama-se Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa) para ver a peça "E morreram felizes para sempre".
Nunca eu tinha entrado nesta unidade hospitalar e menos ainda à noite. Penso que hoje em dia já não existe muito isto, mas "no meu tempo" passar em frente a este hospital era quase certo que haveria história para contar com alguns dos pacientes a deambularem fora dos portões, ali pela Av. Do Brasil.
Era o "Hospital dos Malucos" e foi ainda com esta memória que me fez percorrer ontem as ruas do recinto, à noite, sempre na expectativa que alguma coisa fosse acontecer.
Nadinha aconteceu. É um espaço hospitalar normalíssimo com a calma e silêncio que a noite traz.
Eu deixei o carro do lado de fora, numa rua transversal à Av do Brasil e entrei no hospital por aí, onde lá dentro segui as placas para o Teatro Imersivo no Pavilhão 30. Descobri depois que dá para entrar de carro e estacionar lá à porta.
Conselho: levar calçado confortável. Não só pelo percurso a pé até ao Teatro como pela própria presença na peça que nos faz andar muito de um lado para o outro.
Às 21h30 abre-se a porta do Pavilhão e já em modo teatral somos convidados a entrar, entregar as nossas malas e casacos num bengaleiro e a colocar uma máscara cirúrgica.
Entregam-nos um folheto com a história da peça.
Não se pode falar e não se pode dar as mãos.
Começa a peça.
Que não vou contar porque perde a piada. Muahahahahahah!
O que posso dizer:
- os cenários e ambientes são muito bons. O conceito de teatro imersivo, neste caso, é que a peça desenrola-se pelos corredores desta unidade hospitalar nos anos 40 e todas as salas estão decoradas neste estilo. Muito envolvente, muito bem feito. Para mim foi o ponto alto. Poderia não se passar nada e só o andar por ali já teria sido positivo.
Os espectadores podem passear livremente pelas salas procurando as cenas que estão a decorrer com os actores ou simplesmente conhecer os espaços.
- Gostei muito do conceito, é efectivamente uma peça imersiva e embora não façamos parte da peça (bom...nem todos os espectadores pelo menos) estamos mesmo muito presentes no cenário.
- nem sempre em todas salas está a acontecer alguma coisa, que nos deixa oportunidade para as explorar e nem sempre estão a acontecer cenas relevantes para a história mesmo com a presença dos actores. Mas não se pense que se perde pitada por estar na sala errada à hora errada. Porque a peça repete, o que permite ao espectador procurar pelas cenas que não viu na primeira exibição.
Para quem como eu, na primeira parte conseguiu ver praticamente todas as cenas principais, a segunda parte é um pouco mais enfadonha pois já é a repetição dos espaços anteriormente explorados e as cenas que ficaram por ver são menos interessantes (posso dizer "um bocadinho para encher chouriços" sem ofender ninguém?)
- Eu comprei o bilhete pela Odisseias, por 25€. Directamente na bilheteira são a partir de 35€. Embora tenha gostado bastante, penso que o valor poderia ser mais barato.
Nunca eu tinha entrado nesta unidade hospitalar e menos ainda à noite. Penso que hoje em dia já não existe muito isto, mas "no meu tempo" passar em frente a este hospital era quase certo que haveria história para contar com alguns dos pacientes a deambularem fora dos portões, ali pela Av. Do Brasil.
Era o "Hospital dos Malucos" e foi ainda com esta memória que me fez percorrer ontem as ruas do recinto, à noite, sempre na expectativa que alguma coisa fosse acontecer.
Nadinha aconteceu. É um espaço hospitalar normalíssimo com a calma e silêncio que a noite traz.
Eu deixei o carro do lado de fora, numa rua transversal à Av do Brasil e entrei no hospital por aí, onde lá dentro segui as placas para o Teatro Imersivo no Pavilhão 30. Descobri depois que dá para entrar de carro e estacionar lá à porta.
Conselho: levar calçado confortável. Não só pelo percurso a pé até ao Teatro como pela própria presença na peça que nos faz andar muito de um lado para o outro.
Às 21h30 abre-se a porta do Pavilhão e já em modo teatral somos convidados a entrar, entregar as nossas malas e casacos num bengaleiro e a colocar uma máscara cirúrgica.
Entregam-nos um folheto com a história da peça.
Não se pode falar e não se pode dar as mãos.
Começa a peça.
Que não vou contar porque perde a piada. Muahahahahahah!
O que posso dizer:
- os cenários e ambientes são muito bons. O conceito de teatro imersivo, neste caso, é que a peça desenrola-se pelos corredores desta unidade hospitalar nos anos 40 e todas as salas estão decoradas neste estilo. Muito envolvente, muito bem feito. Para mim foi o ponto alto. Poderia não se passar nada e só o andar por ali já teria sido positivo.
Os espectadores podem passear livremente pelas salas procurando as cenas que estão a decorrer com os actores ou simplesmente conhecer os espaços.
- Gostei muito do conceito, é efectivamente uma peça imersiva e embora não façamos parte da peça (bom...nem todos os espectadores pelo menos) estamos mesmo muito presentes no cenário.
- nem sempre em todas salas está a acontecer alguma coisa, que nos deixa oportunidade para as explorar e nem sempre estão a acontecer cenas relevantes para a história mesmo com a presença dos actores. Mas não se pense que se perde pitada por estar na sala errada à hora errada. Porque a peça repete, o que permite ao espectador procurar pelas cenas que não viu na primeira exibição.
Para quem como eu, na primeira parte conseguiu ver praticamente todas as cenas principais, a segunda parte é um pouco mais enfadonha pois já é a repetição dos espaços anteriormente explorados e as cenas que ficaram por ver são menos interessantes (posso dizer "um bocadinho para encher chouriços" sem ofender ninguém?)
- Eu comprei o bilhete pela Odisseias, por 25€. Directamente na bilheteira são a partir de 35€. Embora tenha gostado bastante, penso que o valor poderia ser mais barato.
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