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18.12.11

Dia 1

A partida fez-se no dia 11/11/11, superstições à parte, pareceu-me uma boa data para rumar à India.
Com a primeira escala em Milão, a viagem fez-se sozinha até entrar no avião que me levaria a Nova Delhi, em que me sentei precisamente ao lado da Helena, companheira no grupo Nomad.
Na chegada a Delhi, acabariamos por encontrar a Fátima, a Sónia e a Maria. E claro, o Inácio, nosso guia.
Seguimos directas para o hotel e não fico com grandes primeira impressões no percurso.
Pousamos a mala, reunimos todo o grupo que já tinha chegado mais cedo - a Paulo e o Carlos, as Rosários e o Sérgio.
Começamos por vaguear pelo nosso bairro, tipicamente backpacker - Pahar Ganj. Muito comércio, muita gente, muitas vacas, muita sujidade, carros, riquexós e motas a buzinar de forma ensurdecedora.
Vende-se imensa comida de rua: chás, bolos, pão, frutas.
É numa destas ruas que tenho a minha primeira tentativa de suicidio indiana - numa banca de rua, bebemos um chá com leite e especiarias. Este é chá é coado numa panela que me faz temer pela vida. Felizmente não me levou a melhor.
Seguem-se uma serie de paragens para que o Inácio nos "introduza" nos vários aspectos da cultura indiana cheios de curiosidades:
 - os homens limpam, passam a ferro e cozinham. A mulher, se necessário, trabalha nas obras.
 - Quando se vê um bovino a puxar uma carroça, é um boi. As vacas não trabalham.
 - Os eunucos são homens sem orientação sexual, que são castrados e tornam-se seres superiores, que vivem do dinheiro que lhes dão, porque assim o exigem.
 - Os Sikk são homens de turbante que não cortam a barba e o cabelo. São elementos respeitados pela sociedade pelo seu perfil honesto e trabalhador.
 - Os Sadus, são homens que decidem por opção, ser homens santos que vivem do dinheiro que lhes dão. Vivem na rua, e quem lhes dá dinheiro acredita que isso traz sorte.
 - Falamos ainda do sistema de castase dos intocáveis, dos milhares de deuses hindus e da máfia exploradora dos pobres.
Paramos ainda numa banca, cujo produtos que vende é uma mistura de especiarias indecifráveis enroladas numa folha verde. Os indianos tomam isto para enganar a fome uma vez que dá uma grande sensação de saciedade e tambem pelo seu leve resultado alucinogeneo.
Visitamos a nossa primeira estação de comboio e percebemos o quanto os indianos gostam de ser fotografados!
A linha ferroviária da India é a maior entidade empregadora do mundo com mais de 10 milhões de empregados.



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